segunda-feira, 4 de abril de 2011

CAPITULO I, PARTE 3

Foto retirada da internet

    Entrando na repartição onde funcionavam alguns setores de administração, Ricardo observa atentamente tudo ao seu redor, na entrada havia uma atendente que direcionava o atendimento presencial ou, em caso de ligações telefônicas transferia a ligação por um ramal. Ricardo caminha em direção a sala do reitor, na trajetória uma série de corredores e portas com várias siglas eram ultrapassadas pelo jovem, no ultimo corredor estava a sala onde ocorreria o encontro tão misterioso e desafiador.
Ricardo se aproxima lentamente da porta e bate com cuidado, logo após, torce a maçaneta e a abri delicadamente. Ao entrar notou que o reitor sentado em sua cadeira expressava um grande sorriso nos lábios, como se estivesse gostando do diálogo com um senhor, aparentemente simpático. O tal homem tinha um grau bem acentuado de calvície, era bem magro, usava roupas formais.

-Boa tarde senhores! – Fala Ricardo.

- Boa tarde! E desde já parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa. - o homem magro ergueu-se e apertou a mão de Ricardo com um sorriso, agora não muito intenso.

- Ricardo esse é o doutor Carlos! Ele é o representante do núcleo de pesquisas do governo. Intrigante... Eu iria apresentá-lo, mas você falou logo o seu nome e foi logo elogiando sua teoria, parece que vocês se conheciam - Fala o reitor com uma grande satisfação na voz.

- Não caro amigo, estávamos esperando o rapaz nesse mesmo horário, logo arisquei – O representante do governo fala meio desconcertado.

- Sente-se Ricardo, o senhor Carlos irá nos apresentar as informações e nos esclarecer o que deve ser esclarecido, afinal vamos selar uma parceria entre a faculdade e pesquisa que ele está nos propondo. - Fala o reitor querendo iniciar a reunião.
 Ricardo puxa a cadeira que se localizava em um dos pontos da mesa de mármore do reitor. As cadeiras estavam organizadas em forma de triangulo, isso possibilitava uma visão privilegiada para os três. No piso um grande tapete estendia-se embaixo da mesa, nas paredes quadros variados decoravam e enchiam de vida aquele ambiente bem estruturado.

    Ricardo senta, e o senhor Carlos inicia a reunião.

- Caros colegas, estamos criando parcerias com uma universidade em cada estado, em busca de estudos e descobertas inovadoras, o governo está criando uma instituição de pesquisa que trará estratégias em cima de trabalhos desenvolvidos dentro de muitas faculdades de nosso país, montando assim um centro de pesquisa voltado para avanços tecnológicos no Brasil.
Interessamo-nos em sua pesquisa Ricardo, pois ela pode inovar e acrescentar aspectos teóricos para o desenvolvimento de nossos projetos tecnológicos. – Fala o senhor Carlos, direcionando seu olhar disfarçadamente para seu relógio de pulso.

    Ricardo refletia a grande chance que poderia está tendo em sua carreira. A conversa estava muito interessante, mas gritos interromperam a reunião.

_ Mas o quê esta acontecendo? – Pronuncia o reitor.
Batidas violentas sobre a porta da sala do reitor assustaram a todos que ali se encontravam.

-O quê está acontecendo afinal? – Ricardo expressa seu nervosismo.

    Um homem magro de terno e palitó, provavelmente o secretário do reitor, invade a sala muito assustado e cansado, expressando um grande desespero.

- Senhor reitor há fumaça para todo o lado, o prédio está em chamas, vamos!- Pronuncia o homem apavorado.

O reitor imediatamente retira-se. Ricardo logo em seguida levanta-se da mesa em direção a porta, mas repentinamente Carlos aperta-o e segura pelo seu braço.

- Não vá agora! - Pronuncia Carlos com os olhos vidrados em Ricardo.
- Homem de Deus, o quê você está fazendo, vamos morrer! - Pronuncia Ricardo desesperado.