segunda-feira, 9 de maio de 2011

CAPITULO I - A TEORIA DE RICARDO - PARTE 1

Foto retirada da internet

Grandes polêmicas acompanhavam Ricardo Braga, recém formado em astronomia, pois havia apresentado uma tese que não estava sendo aceita pela comunidade discente e docente da faculdade de São Paulo. Em vários encontros Ricardo era cercado por ironias.
O jovem astrônomo, cansado das chacotas, estava preste a desistir de sua pesquisa de mestrado. Sentado solitário na praça universitária, que se localizava no interior da universidade, no ambiente onde se encontrava haviam várias árvores exuberantes, na grandeza de seus galhos e na beleza de suas flores. Sentado embaixo de uma dessas árvores encontrava-se Ricardo, expressando um grande desânimo, pois suas ideias tão estudadas e conceituadas eram motivo de desaforos.
Ao longe em passos lentos, devido a idade, o reitor aproxima-se do jovem astrônomo. A cada instante Ricardo sentia um medo e uma ansiedade, pois os rumores de sua pesquisa deveriam ter chegado aos ouvidos do reitor.
-Olá caro Ricardo Braga! Você parece meio cabisbaixo... - Pronuncia o reitor, com um sorriso estampado no rosto.
- Boa tarde senhor reitor - Ricardo pronuncia com receio.
-Ouvi falar de sua teoria. Será que poderia Falar-me um pouco sobre ela, estou precisando ouvir algo interessante, se não for muito incômodo. - dessa vez o sorriso diminuiu e sua voz ficou mais rígida.
- Não será nem um incômodo senhor reitor, ao contrario será um prazer dialogar com vossa pessoa - Apesar do disfarce, Ricardo não podia negar o nervosismo que o acompanhava.
-Então sou todo ouvidos - pronuncia o reitor.
- Bom, a minha teoria se fundamenta na grande possibilidade de existir vida em outros planetas, pois existem milhares de probabilidades para essa hipótese.
Sabemos que nosso sistema solar é formado por alguns planetas que estão em órbita em torno do sol, e que a vida é possível em nosso planeta devido a posição privilegiada que ele ocupa em nosso sistema, pois a terra não está nem muito próximo nem distante do sol, o que possibilitou o surgimento da vida.
-Corretíssimo - pronuncia o reitor expressando interesse sobre o assunto.
Ricardo começa a sentir-se mais a vontade sabendo que o reitor estaria interessado em sua pesquisa.
-Bom, o que muitos colegas meus não compreendem, é que uma galáxia é formada por vários sistemas solares, no nosso caso a nossa galáxia é a via láctica, assim como todas as outras, é formada por vários outros sistemas solares, que distanciam-se uns dos outros à centenas de anos luz. No entanto existem milhares de possibilidades de planetas muito mais antigos que a terra e podem estar na mesma situação de privilegio, ou seja, há várias possibilidades de vida em outros planetas, e alguns autores falam que podem existir seres com um grau de evolução milhares de anos a nossa frente. Ou seja, a nossa tecnologia seria ineficaz diante disso.
- Você quer dizer que essas centenas de anos luz, poderiam ser facilmente vencidas por uma raça evoluída? – Fala o reitor com atenção toda voltado para o diálogo.
- Sim, mais isso não sou eu quem diz, são livros e artigos que fazem parte da minha pesquisa, o que eu proponho é uma reflexão a cerca de uma possível realidade, uma realidade até então desconhecida é muito pouco aceita.
_Que realidade seria essa? – A curiosidade do reitor ficou mais aguçada.
_Bom, o meu foco de pesquisas, se pauta em comparações de Fenômenos da antiguidade, e acontecimentos atuais.
Na antiguidade, existiram vários povos com estruturas de construções muito além de seu tempo, isso é percebido em muitas construções do povo maia, Incas e um grande exemplo, o povo egípcio.
Dentro desse contexto, faço um paralelo e confronto antiguidade e atualidade, investigando resquícios e herança que muitas religiões e Seitas herdaram de ancestrais ou seguidores de povos da antiguidade.
Conhecimentos que até então, são tidos como secretos para muitos seguimentos da sociedade.
-Você quer dizer que aspectos religiosos podem explicar coisas que a própria tecnologia não consegue?-diz o reitor.
-Sim, não só isso, mas creio que existem forças extra-terra gerando outro tipo de energia, uma energia desmaterializada, apesar de que esse não é meu foco de pesquisa, creio que isso explica muitos fenômenos religiosos, afinal podem existir seres com tecnologias anos luz a nossa frente.
Um dos questionamentos que lanço em minha pesquisa é o seguinte: se o homem não fosse o único ser dominante e racional?
- É... senhor reitor, mas isso não é nem um terço de meu trabalho, afinal não posso falar de algo sem embasamento teórico, o que eu falei até agora foi com base em pesquisas teóricas, por isso creio que meu trabalho não deveria ser tão desprestigiado.
- Caro Ricardo, os grandes cientistas foram chamados de loucos, no entanto conseguiram revolucionar o mundo.
- Mas não foi por acaso que vim ouvir suas hipóteses. A duas semanas, um representante do governo vem me procurando constantemente, pois ouviram, não sei como, falar de suas teorias e dizem está interessados em pesquisas.
- Buscam uma parceria com a faculdade, isso seria muito bom para a faculdade e para você.
- Mas do que se trata? Que pesquisa o governo estaria interessado?- Pontos de interrogações começam a circular Ricardo.
-Bom ainda está em sigilo, o pouco que sei é que trata-se de uma pesquisa para fins tecnológicos.- O reitor diminui o tom da voz falando quase que sussurrando.