terça-feira, 5 de abril de 2011

CAPITULO I, PARTE 4



Carlos toma a frente de Ricardo e tranca a porta. Dessa forma uma luta é travada entre os dois.
- Deixa-me passar seu louco, vamos morrer! - O desespero aumenta em Ricardo.
-Calma Ricardo, não está ocorrendo incêndio. - Pronuncia Carlos.
- O quê? Não estou entendendo nada, o que está acontecendo?
-Calma! Tenho pouco tempo antes que o reitor volte, sente-se.
Ricardo contra sua vontade puxa a cadeira e senta-se.
-Explique-me o que está acontecendo!- Fala Ricardo bastante nervoso.
-Meu nome não é Carlos, sou um investigador da força secreta do governo.
Ricardo estava confuso, pois a cada minuto desconhecia Carlos, que se apresentava como outra pessoa. Tudo estava muito confuso, como em um sonho repentino depois de um dia exaustivo.
-Ou isso é mais uma brincadeira contra meu trabalho, ou estou sonhando. - Pronuncia Ricardo mais confuso ainda.
-Calma! Entenda, nossa corporação está com uma missão desafiadora, uma missão que necessita de conhecimentos variados, não apenas os conhecimentos de inteligência ou de técnicas de espionagem. - Pronuncia o homem que enganou a todos dizendo se chamar Carlos.
O homem que agora Ricardo desconhecia completamente encontrava-se a sua frente, com um semblante totalmente diferente se comparado ao homem intelectual e cheio de propostas chamado Carlos, que minutos antes o jovem astrônomo havia conhecido.
Agora o que restava a Ricardo era apenas duvidar e tomar muito cuidado, pois o imprevisível estava ocorrendo, pensando nisso, o jovem acadêmico temia imaginar quantas surpresas ainda viriam.
-Você está falando-me que aqui no Brasil existe uma força secreta do governo? Eu pensei que só existisse em países de primeiro mundo. - Questiona Ricardo.
- É por isso que somos um órgão secreto. Mudando de assunto, necessitamos de você e de suas pesquisas.
Pense bem, você ganhará muito prestígio e investimentos futuros para sua pesquisa, com a forte soma em dinheiro que você poderá receber. Tudo isso, se participar dessa missão. - Ricardo sente-se pressionado e tentado ao mesmo tempo.
- Que missão é essa? O que ela representa? E por que você gerou todo esse tumulto para falar comigo ? -  Dúvidas giravam em torno de sua cabeça.
-Muito bem lembrado, eu poderia ter falado com você em outro local, mas você não me daria tanta credibilidade, por isso usei o reitor para poder chegar até você, e assinei com antecipação um contrato com a universidade, o qual irei imediatamente destruir - O homem que se passara por Carlos, retirou um documento da gaveta do reitor e rasgou, e colocou os pedaços no bolso.
-Entendo... Gerou toda essa confusão para também destruir o documento que poderia comprometê-lo. - Fala Ricardo.
-Muito bem! Vejo que fiz a escolha certa.
-Vamos!- Fala o homem.
-Mas afinal, qual é seu nome? Quem é você?- Mas uma vez as dúvidas assombram Ricardo.
-Calma Ricardo! Tudo a seu tempo. Espere-me amanhã às quatro horas na lanchonete onde você costuma ir todo sábado à tarde com seus amigos. - O homem, que até então chamava-se Carlos, fala cansado e expressando seriedade em cada palavra que pronunciava.
Os dois saíram da sala, o predio estava vazio. Quando saíram se depararam com uma multidão de discentes, funcionários e curiosos, logo a frente aproximava-se o carro de bombeiros.