sexta-feira, 29 de abril de 2011

CAPITULO II, PARTE 23


- Estão retirando alguém do barco, e parece-me que esta pessoa está com fortes queimaduras. – Sérgio fala assustado.
- Calma pessoal... Isso é apenas o inicio da missão, ainda não chegamos a Colares. – Fala o comandante Miguel.
O barco se aproxima, e para a sete metros de outros barcos que faziam o resgate. Todos estavam curiosos e apreensivos.
- O que aconteceu aqui meu amigo? – Pergunta comandante Miguel a um pescador que encontrava-se na embarcação vizinha.
O pescador usava uma calça muito desgastada e um chapéu de palha, estava sem blusa, expressando um grande medo ao falar.
- Rapaz! A luz atacou de novo. – Pronuncia o pescador.
- Desculpe senhor somos novos aqui, será que você poderia nos explicar melhor. – O comandante Miguel falava com o pescador fingindo não saber de nada.
- É uma luz forte, que sai de um negocio redondo, quando a luz bate na pessoa, a pessoa fica dormente e ai vai perdendo sangue. – Fala o pescador.
- Vimos uma das pessoas que foram atacadas com queimaduras. Pelo visto essa luz também queima. – Questiona Miguel.
- Não senhor, vocês viram errado, ela só tá pálida por falta de sangue, a luz deve ter sugado sangue dela... Égua! Todo dia ele ataca, aqui nós estamo apelidando ele de jupa-jupa, pois ele retira o sangue do povo. – Responde o pescador, com medo e revolta ao mesmo tempo.
- Vejo que alguém precisa de óculos. – Ironicamente comandante Miguel, chama a atenção de Sérgio.
Logo em seguida uma senhora, dos cabelos rebeldes e roupas com estampas floridas sai carregada por outro pescador que a coloca dentro do barco visinho ao da tripulação da missão.
- Senhora, senhora... O que aconteceu? – Pergunta Priscila soltando repentinamente as mãos de Ricardo.
- Minha filha, foi horrível, eu vou embora daqui... É o final dos tempos mesmos, deve ser o castigo de Deus. – A senhora, que foi atacada, fala com muito medo e desespero.
Todos estavam com um nó na garganta e medo em seus íntimos. Agora o grupo da missão sentia o mistério que deveriam solucionar, e ao mesmo tempo sentia tristeza da realidade que população se encontrava.
- Acalme-se senhora... Agora a senhora irá para um posto médico, acalme-se... Vai dar tudo certo.- Priscila conforta a senhora.
Os barcos com as vítimas saem com mais velocidade para o posto médico de Colares, logo em seguida comandante Miguel e sua equipe sai em direção a base. Priscila segura novamente às mãos de Ricardo, expressando a necessidade de sentir-se segura.
A noite estava caindo e poder-se-iam vê cada vez mais próximo as margens de Colares, com uma paisagem de vários pés de açaí ao longe, onde o vendo que estava agitado, movia as folhas.
- Obrigado por não me deixar sozinha nessa missão, obrigado por ter vindo. – Priscila fala em vos baixa, quase sussurrando no ouvido de Ricardo e segurando fortemente suas mãos.
- Não se preocupe, não deixarei nada de ruim acontecer a você. – Ricardo fala olhando para os olhos de Priscila, em meio ao vendo gelado que soprava sobre aquela região.
O barco chegou ao trapiche, toda a equipe desceu em terra firme.
- Em fim em colares! – Fala Claudio respirando fundo o ar gelado.
De repente ao longe várias pessoas aproximam-se com velas e tochas de fogo.
- O que está acontecendo aqui meu Deus, parece que tudo isso é um sonho, e agora o que toda essa gente quer?. – Fala Ricardo sem entender tantos acontecimentos estranhos em tão pouco tempo.
- Pessoal... Creio que eles estão vindos em nossa direção, o que está acontecendo afinal? – Sérgio fala tentando esconder sua ansiedade.