terça-feira, 19 de abril de 2011

CAPITULO II, A viagem para Colares - PARTE 15

Foto retirada da internet

        Todos conseguiram com rapidez apresentar o passaporte. Após saírem da fila, foram direcionados à uma sala reservada do aeroporto, ao entrarem na sala sentaram-se em sofás que não eram nada simples, os móveis eram feitos em estilos franceses combinando com um enorme tapeta branco que se estendia por boa parte da sala, as janelas todas de vidros transparentes e uma mesa retangular, que localizava-se no centro da repartição.
-Por que estamos nesta sala? Afinal que horas sairá o voo ?- Questionava Ricardo, com ansiedade.
- Calma Ricardo, tudo deve ocorrer no momento certo, fica calmo que estamos todos juntos nessa missão. – Sérgio conforta Ricardo.
- Não se preocupe, creio que não vai demorar, afinal acabamos de entrar nesta sala, não se preocupe. Posso fazer um pedido a você? – Fala Priscila olhando fixamente os olhos de Ricardo.
-Sim, pode. - Responde Ricardo.
-Vamos fazer essa viagem ser prazerosa e tranquila, afinal a partir do momento que aceitamos essa missão já nos tornamos desbravadores.- Fala Priscila.
        As palavras de Priscila soaram como um tranquilizante aos ouvidos de Ricardo, afinal ele estava falando com uma psicóloga, mas um questionamento surgia ao pensamento de Ricardo, por que ele sentia-se tão seguro próximo a Priscila? Mas também sentia suores frios e palpitações ao aproximar-se dela.
-Será que estou gostando de Priscila? Não... Não pode ser. - Pensava Ricardo em seu íntimo.
        Uma batida leve na porta despertou a atenção de todos, alguém movia a maçaneta e sutilmente entrava.
-Olá meus companheiros de viagem! Vamos, o avião está a nossa espera. – Miguel fala com a mão direita aberta posicionada na horizontal em sua testa, em sentido de respeito aos demais membros da missão, dessa forma todos fazem o mesmo gesto em deferência à figura de comandante que o mesmo exercia.
        Todos se direcionaram a pista de voos. Um grande avião encontrava-se na frente dos companheiros de missão. No entanto uma curiosidade rondava Ricardo.
-Por que não vamos em um avião menor? E por que necessitavam de um passaporte ? Afinal todos foram restritamente selecionados para essa missão, e o voo é particular? - Ricardo necessitava de mais explicações.
        Agora uma grande escada estava em sua frente, todos encontravam-se subindo aquela enorme escada rumo ao Pará. Chegando lá viverão em meio ao desconhecido. Ricardo começa a subir os degraus indo para a entrada do avião, lentamente e pensativo, ao encontrar-se na metade dos degraus uma enorme vontade de desistir parou seus passos e o deixou congelado por alguns segundos, mas Priscila aparece na entrada do avião estende suas mãos, e chama Ricardo.
- Vamos Ricardo, falta apenas você, não vai querer desistir e deixar apenas nós nos divertirmos nessa missão? – Fala Priscila, brincando e com as palavras inseguras nos sentimentos, ela realmente não queria que Ricardo desistisse.
        A voz de Priscila enche de coragem e ânimo Ricardo, que não pensou duas vezes, segurou as mãos de Priscila entrando no avião.
        Todos estavam dentro do avião, logo em seguida o comandante Miguel aparece próximo a cabine do piloto, com o rosto rígido e as mãos postas para trás.
- Sejam bem vindos a esta missão, muitos devem estar perguntando o porquê tivemos que tirar passaporte como um passageiro normal, afinal o avião foi contratado exclusivo para essa missão?
-Vou explicar tudo isso com uma pequena reflexão, não queremos levantar suspeitas, pensando nisso coloquei nomes de pessoas que não existem para estarem nesse vôo, incluindo os nomes de vocês, ou seja, para todos esse é um voo normal como outro qualquer. – Fala Comandante Miguel.
        Ricardo é tomado por um susto, parecia que Miguel havia lido seus pensamentos. Realmente essa missão deveria ser sigilosa.
- Por isso fiquem calmos e apertem os cintos, pois vamos partir rumo a Belém do Pará.- Fala comandante Miguel, entrando na cabine de controle do avião.